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SP Águas abre consulta pública do Protocolo de Escassez Hídrica

A Agência de Águas do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), abriu na sexta-feira (06/06) a consulta pública sobre o Protocolo de Escassez Hídrica. O anúncio foi realizado durante o webinar “Diálogos SP Águas”, que teve como tema “Soluções para um Futuro Sustentável em Cenários de Escassez”, com a participação da diretora-presidente da SP Águas, Camila Viana; do superintendente de Segurança Hídrica, André Navarro; da pesquisadora do Cemaden, Adriana Cuartas; e do gerente de Inovação e Sustentabilidade, Rafael Chasles. A consulta pública ficará aberta até o dia 6 de julho de 2025.

“Enfrentar a complexidade das mudanças climáticas e garantir a segurança hídrica para as futuras gerações exige mais do que apenas investimentos; exige diálogo, conhecimento compartilhado e colaboração. A consulta pública é um passo crucial nessa jornada para construir, juntos, as soluções que São Paulo precisa”, afirmou Camila Viana durante o evento.

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Objetivo

O Protocolo de Escassez Hídrica é uma ferramenta essencial e inovadora, projetada para antecipar, reduzir e mitigar os impactos de períodos de seca e baixa disponibilidade de água no estado. Sua estrutura baseia-se em três pilares fundamentais – monitoramento e alertas precoces, avaliação de vulnerabilidade e risco e medidas de contingência – e define cinco níveis de severidade, do E0 (normalidade) ao E4 (emergência), estabelecendo ações claras para cada cenário.

Para isso, os dados de pluviometria (chuva) e fluviometria (nível dos cursos d’água) levantados pela SP Águas serão cruzados com as particularidades de cada município, a fim de priorizar o abastecimento humano, o fornecimento de água para os animais e, em seguida, a manutenção das atividades econômicas.

Todas as ações propostas são fundamentadas no Acordo de Paris (2016), nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS, da ONU) e na Estrutura de Sendai para Redução de Riscos (2015–2030, ONU).

A necessidade do protocolo é evidenciada pelo intervalo cada vez menor entre eventos climáticos extremos. Em uma análise da série histórica das temporadas de chuvas, iniciada no verão de 1993/1994, houve precipitação abaixo da média em 12 ocasiões. Destas, metade ocorreu entre 2013/2014 e 2023/2024, e as outras seis nos 20 anos anteriores.

Esse instrumento inédito permitirá à SP Águas e aos diversos setores envolvidos tomar decisões mais assertivas sobre a concessão de novas outorgas de uso da água, a priorização do abastecimento humano e a intensificação da fiscalização em momentos de crise, garantindo o uso racional e sustentável dos recursos hídricos.

Consulta pública

A SP Águas convida cidadãos, especialistas, representantes de setores produtivos e a sociedade civil a analisar o protocolo e enviar suas contribuições. A participação ativa da comunidade é fundamental para a adaptação do estado aos desafios das mudanças climáticas e para a garantia da segurança hídrica no futuro.

O documento completo e as instruções para participar da consulta pública estão disponíveis no site: https://consultapublica.spaguas.sp.gov.br. A consulta permanecerá aberta para contribuições por 30 dias.

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