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Veja como é o trabalho da CDHU após a entrega da chave da casa própria para as famílias
O recomeço de quem sai do aluguel para a casa própria pode ser desafiador por trazer com a mudança de endereço uma reviravolta na rotina da vida de quem conquista um novo lar. Neste momento, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) se faz presente, proporcionando um atendimento humanizado para os mutuários mesmo após a entrega das chaves.
Esse trabalho é realizado pela Diretoria de Atendimento Habitacional da Companhia, por meio da Superintendência de Desenvolvimento Social, que acompanha as famílias normalmente por um período de seis meses a um ano, dependendo do empreendimento que é entregue.
O trabalho é desenvolvido com projetos intersetoriais e em parceria com órgãos e secretarias do município onde as moradias estão localizadas. A premissa da CDHU é de que não basta oferecer o novo lar para as famílias, mas também viabilizar o acesso às políticas públicas no novo território em que serão inseridas.
Em condomínios horizontais, o acompanhamento das equipes sociais da CDHU foca principalmente na promoção de cursos, oficinas e atividades de socialização durante os seis primeiros meses após a entrega da unidade habitacional. Já em condomínios verticais, as equipes focam no trabalho de desenvolvimento da gestão condominial. Durante um ano, os novos moradores e o síndico são orientados para a importância dos trâmites relacionados a contas de água e luz, em como administrar áreas comuns do local e à necessidade de cuidados com a manutenção preventiva, tanto para a segurança de todos os moradores quanto para a valorização do imóvel que, ao ser quitado, se transforma em patrimônio para a família.
A importância da articulação
Paula Seixas Silva Martins, supervisora de Trabalho Técnico Social na CDHU, explica que há um movimento de articulação entre os novos moradores e demais órgãos da sociedade. “Fazemos desde o início capacitação com as famílias, montamos grupo de representantes e criamos um grupo de governança local, justamente para que elas aprendam a fazer essas articulações diretamente com o município. Quando saímos, elas sabem pelo que lutar, quais são os seus direitos e o que ainda podem fazer.”
A supervisora destaca ainda que, ao final do período de atendimento, os colaboradores da Companhia podem avaliar os resultados obtidos e direcionar as próximas iniciativas. “No início do trabalho de pós-ocupação, fazemos a aplicação da pesquisa T0, que é uma pesquisa socioeconômica realizada com as famílias. No momento em que estamos saindo, realizamos também uma nova pesquisa, chamada T1, justamente para poder avaliar o impacto do trabalho técnico-social e ver a diferença de quando eles chegaram nesse novo território e como eles ficaram com todas essas articulações”, explica.
A diferença no dia a dia é sentida por aqueles que passam por esse período de adaptação. Caroline Aguiar Veiga da Silva se mudou para o Conjunto Habitacional Iguape F, entregue em novembro de 2024 no município de Iguape, e contou que a atuação dos profissionais da CDHU durante os seis primeiros meses trouxe informações importantes para ela e seus vizinhos. “Nós tivemos um desenvolvimento como comunidade. Se eles não estivessem conosco, acho que tudo seria mais difícil. A questão de como ajudar a pagar um boleto ajuda na questão de garantia sobre as casas. Eles ajudaram demais. Se não estivessem conosco, iríamos ficar bem perdidos.”
A analista de Projetos Sociais da Companhia, Mariana Costa de Oliveira, pontua que o trabalho realizado em Iguape, assim como em outros municípios onde os empreendimentos são entregues, foca na boa fixação dessas famílias ao novo endereço, por meio de atividades com o maior número de setores possível.
“Trabalhamos o eixo de assistência social e articulamos com o município para levar projetos e ações para dentro do conjunto. Trabalhamos também a questão do meio ambiente, pois acreditamos muito na educação ambiental. Articulamos ainda com saúde, educação, pensando na transferência escolar das crianças que estão indo para um novo bairro”, exemplifica.
As equipes relatam que, ao final de cada trabalho, junto com a sensação de dever cumprido, levam para os próximos desafios a gratidão e a boa convivência que nascem de uma relação amigável e respeitosa com os contemplados. “Vemos no sorriso de cada morador o agradecimento. Vemos, ainda, que o trabalho técnico vem impactando e impacta cada vez mais na vida de cada mutuário”, relata a supervisora Paula.
A analista de Projetos Sociais complementa que vê um propósito maior no que realiza diariamente. “Saímos desses conjuntos com a tranquilidade de que deixamos os moradores capacitados e orientados a buscar os acessos necessários com autonomia. Me sinto grata pelo trabalho em que atuo. Consegui dentro da CDHU me enxergar. Amo trabalhar com a população e ver o impacto do meu trabalho refletindo no dia a dia de tantas famílias”, conclui Mariana.
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