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Operação Spare: PGE/SP obtém ordem de bloqueio de R$ 7,6 bilhões em ação
A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE/SP) participou nesta quinta-feira (25/09) da Operação Spare em conjunto com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícia Militar, Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz/SP) e Receita Federal.
A operação Spare é um desdobramento da operação Carbono Oculto, que desmantelou um esquema semelhante no setor de combustíveis, com a participação de integrantes da facção criminosa PCC. Como parte dessa ação interinstitucional, a PGE/SP ajuizou ação cautelar fiscal contra 55 réus — entre eles empresas operacionais, holdings patrimoniais, fundos de investimento, usinas, empresas de transporte e uma fintech — com o objetivo de bloquear mais de R$ 7,6 bilhões. A medida liminar foi integralmente deferida pela Justiça estadual.
A Operação Spare cumpre mandados de busca e apreensão na capital, Grande São Paulo, Baixada Santista e Vale do Paraíba. A apuração aponta a existência de uma organização criminosa estruturada, voltada à exploração de jogos de azar, comercialização de combustíveis adulterados e lavagem de dinheiro por meio de instituições de pagamento.
Durante coletiva de imprensa na sede do MPSP, o Procurador Geral do Estado Adjunto, Caio Guzzardi, destacou a atuação da PGE/SP: “A Procuradoria Geral do Estado, por meio do Grupo de Atuação Especial para Recuperação Fiscal (Gaerfis) une esforços no combate à criminalidade. O bloqueio desses valores é um passo fundamental para garantir a efetiva recuperação de ativos desviados, fazendo com que retornem ao Estado de São Paulo e sejam destinados a políticas públicas”, destacou o procurador.
Segundo as investigações, máquinas de cartão apreendidas em casas de jogos clandestinos em Santos estavam vinculadas a postos de combustíveis. O cruzamento das informações financeiras revelou o desvio de valores para uma fintech, utilizada para ocultar a origem ilícita e movimentar recursos milionários.
A apuração identificou ainda vínculos do grupo criminoso com empresas do setor hoteleiro, postos de combustíveis e instituições de pagamento que mantinham contabilidade paralela, dificultando o rastreamento dos recursos.
A iniciativa reforça a relevância da atuação conjunta entre órgãos de investigação, controle e forças de segurança para enfrentar atividades ilícitas complexas que prejudicam os consumidores, fragilizam o mercado e comprometem a arrecadação tributária.
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