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SP economiza mais de 1,2 milhão de caixas d’água por dia com medidas de novo sistema de gestão de recursos hídricos
As atuais medidas de gestão hídrica adotadas pelo Governo de São Paulo garantem uma economia de água equivalente a mais de 1,2 milhão de caixas d’água de 500 litros por dia, ou 50,4 mil por hora. Esta quantidade é resultado da atuação preventiva prevista na nova metodologia lançada pelo governo na sexta-feira (24), que ajusta as medidas de uso racional conforme o nível dos reservatórios e as condições climáticas. O modelo estabelece sete faixas de atuação com ações proporcionais à situação dos sistemas de abastecimento.
Atualmente, São Paulo opera com Gestão de Demanda Noturna (GDN) de 10 horas, correspondente à faixa 3 do sistema. Essa etapa prevê a intensificação de campanhas de conscientização e o ajuste da pressão da rede em períodos de menor consumo, o que contribui para a redução de perdas e uso mais eficiente da água. O objetivo do novo modelo adotado pela administração estadual é garantir previsibilidade na tomada de decisões e evitar que o consumo pressione os mananciais.
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De acordo com o diretor-presidente da Arsesp, Thiago Mesquita Nunes, o sistema permite quantificar com precisão o impacto das medidas adotadas. “Uma GDN de 8 horas resulta em cerca de 6.000 litros economizados por segundo; 10 horas alcançam 7.000 litros por segundo; 12 horas, aproximadamente 8.000 litros por segundo, e assim sucessivamente”, explicou o diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Thiago Mesquita Nunes: “É um processo dinâmico e preventivo, que preserva o equilíbrio do sistema.”
O monitoramento é realizado pela SP Águas, que acompanha em tempo real os níveis dos reservatórios e as projeções de afluência e chuva para os próximos 12 meses. As informações são constantemente atualizadas e orientam as decisões do governo, permitindo que restrições ou flexibilizações ocorram de forma gradual, conforme a estabilidade dos indicadores.
As ações preventivas são aplicadas apenas após sete dias consecutivos de permanência em determinada faixa e podem ser relaxadas depois de 14 dias de melhora dos parâmetros. Essa lógica dá previsibilidade às medidas e segurança tanto à população quanto à gestão dos sistemas.
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O novo modelo também representa um avanço na proteção dos mananciais e na qualidade da prestação de serviços, ao alinhar o planejamento hídrico estadual com projeções de longo prazo. Segundo a Arsesp, a economia observada na faixa 3 é um reflexo direto da eficiência dessa abordagem integrada, que une tecnologia, regulação e planejamento preventivo.
Como a população paulista pode ajudar
A nova metodologia também tem caráter educativo, ao incentivar hábitos de consumo sustentável. As campanhas de conscientização, especialmente nas faixas iniciais de atuação, reforçam a importância da colaboração da sociedade para o uso racional da água. Essa integração entre gestão pública e responsabilidade individual é considerada um dos pilares da nova política hídrica estadual.
A participação da população, portanto, continua essencial. Pequenas ações diárias fazem grande diferença: banhos mais curtos, torneiras fechadas ao escovar os dentes e lavagem racional de louças e roupas podem representar milhares de litros economizados ao fim do mês.
Reduzir o tempo de banho de 15 para 5 minutos, por exemplo, corta o consumo de 150 para 50 litros, o que, em uma família de três pessoas, significa uma economia mensal de até 9 mil litros. Outras medidas simples, como ensaboar toda a louça antes de enxaguar ou usar a máquina de lavar apenas cheia, ajudam a preservar a água dos mananciais que abastecem milhões de paulistas.
Entenda o que acontece em cada faixa do novo modelo de gestão hídrica de SP:
Faixa 1: Foco em prevenção, consumo consciente e início do Regime Diferenciado de Abastecimento (RDA).
Faixa 2: Níveis estáveis, mas em queda; implantação da Gestão de Demanda Noturna (GDN) de 8 horas e reforço no combate a perdas.
Faixa 3: Cenário de atenção; GDN ampliada para 10 horas e intensificação das campanhas de conscientização.
Faixa 4: Reservatórios abaixo da curva de segurança; redução de pressão por 12 horas e monitoramento contínuo dos volumes.
Faixa 5: Níveis críticos; redução de pressão por 14 horas e priorização do abastecimento a serviços essenciais.
Faixa 6: Criticidade alta; redução de pressão por 16 horas e controle máximo do sistema para preservar os mananciais.
Faixa 7: Cenário extremo; rodízio regional de abastecimento e apoio com caminhões-pipa para garantir serviços prioritários.
Monitoramento
A SP Águas mantém acompanhamento permanente dos indicadores hidrológicos e disponibiliza esses dados à população por meio de um aplicativo em fase piloto e de uma página especial com boletins e relatórios da Sala de Situação. A ferramenta, disponível no site da agência, também traz informações sobre declarações de escassez hídrica da agência e de estado de calamidade pelas prefeituras. Acompanhe o monitoramento aqui.
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