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Bom Prato serve mais de 30 milhões de refeições, entrega novas unidades e tem 95% de avaliação ótima em pesquisa de satisfação
O Governo do Estado de São Paulo investiu, ao longo de 2025, R$ 263,2 milhões no Programa Bom Prato, valor que garantiu que 33,7 milhões de refeições saudáveis, balanceadas e saborosas chegassem às pessoas em situação de insegurança alimentar. Foram entregues duas unidades móveis e dois refeitórios neste ano, com ações inéditas durante as baixas temperaturas do inverno.
No início do ano, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, foram entregues duas unidades do Bom Prato Refeitório nos bairros Tiradentes e Canindé. A nova modalidade, abastecida por refeições produzidas nas unidades fixas, oferece espaços cobertos com mesas, cadeiras e climatizadores, garantindo conforto e acolhimento durante a refeição. Juntos, os dois refeitórios servem diariamente 1,8 mil refeições à população em situação de vulnerabilidade, entre café da manhã, almoço e jantar. Para a implantação das duas unidades, o Governo de São Paulo investiu R$ 305,5 mil.
A expansão do programa não se limitou à capital. São Vicente e Sorocaba receberam uma nova unidade móvel do Bom Prato, modalidade que serve, em média, 300 almoços por dia para pessoas que vivem em áreas afastadas e não possuem meios de se deslocar até um restaurante fixo. A cada quatro meses, com base em estudos técnicos, elas mudam de localidade para atender outros pontos.
“Essa ampliação consolida o Bom Prato como um dos maiores e mais bem-sucedidos programas de combate à insegurança alimentar da América Latina. Não é só um prato de boa comida a um preço acessível. É mais que isso: o Bom Prato é um lugar que oferece acolhimento e dignidade”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Andrezza Rosalém.
Além da entrega de novas unidades, o Governo do Estado de São Paulo também realizou a compra de equipamentos e melhorias estruturais nos restaurantes populares do Bom Prato. Com o investimento de R$ 7,8 milhões, realizado no ano passado, 23 unidades receberam troca de pisos e revestimentos, reestruturação das partes elétrica e hidráulica, instalação de piso tátil, entre outras melhorias. Outras 28 unidades receberam novos equipamentos, como talheres, mesas e cadeiras. As melhorias foram feitas ao longo de 2025.
Durante o inverno, o programa também realizou ações especiais. Uma delas foi o “Bom Prato Inverno”, realizada entre 1º de junho e 22 de setembro. As 64 unidades fixas da rede serviram, além do jantar, caldos quentinhos aos frequentadores, oferecendo acolhimento e conforto térmico nos dias de baixas temperaturas. Ao todo, foram servidos mais de 1,1 milhão de caldos em diversas regiões do estado.
A ação foi bem recebida pelo público. “Uma delícia! Essa sopinha quente vai deixar saudades”, afirmou à época Jorge Teixeira, frequentador do Bom Prato 25 de Março. O aposentado de 65 anos, que há três anos utiliza a unidade, contou que desde o início da ação especial de inverno não perdeu um jantar sequer. Segundo ele, os caldos quentinhos ajudaram a enfrentar as noites mais frias e reforçam o cuidado que o programa tem com a população atendida.
O programa também atuou em parceria com a Defesa Civil no Abrigo Solidário, na Estação Pedro II, da rede metroviária da capital, sempre que as temperaturas atingiram menos de 13ºC. Destinado a pessoas em situação de rua, o espaço oferece camas, cobertores e proteção durante a noite. Nessa ação, o Bom Prato forneceu cerca de 130 marmitas por noite aos abrigados, totalizando 3,5 mil refeições. Na manhã seguinte, aqueles que pernoitaram no abrigo puderam retirar gratuitamente o café da manhã no Bom Prato 25 de Março.
Ainda em novembro deste ano, o Governo de São Paulo aprovou a Resolução nº 35, que determina a aplicação de um ajuste anual no custeio das refeições conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2024, o Estado subsidiava R$ 6,10 por almoço e jantar e R$ 1,90 por café da manhã. Com a atualização realizada em 2025, o subsídio estadual passou a ser de R$ 8,80 para almoço e jantar e de R$ 2,88 para o café da manhã. A medida garante a continuidade da oferta de alimentação de qualidade a um preço simbólico e acessível para a população atendida pelo programa.
Entre entregas e ações, os esforços do Bom Prato em 2025 resultaram em 33,7 milhões de refeições de qualidade servidas às pessoas em situação de vulnerabilidade no estado de São Paulo, entre janeiro e novembro. Ao todo, por parte do Estado foram investidos R$ 263,2 milhões no período, e R$ 19,5 milhões por parte das prefeituras que possuem uma unidade do programa em seus territórios. Além do resultado, a relevância e a presença do programa são ainda mais evidentes diante dos indicadores atuais: 19,3% das famílias paulistas enfrentam algum grau de insegurança alimentar e 5,4% estão em situação moderada ou grave, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) 2024 e dados do Observatório do Cadastro Único.
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“O Bom Prato mudou minha vida. Por R$ 2,50 por dia, eu faço três refeições de qualidade: café da manhã por 50 centavos, almoço e jantar por R$ 1 cada. A comida é nutritiva, saborosa e faz toda a diferença no meu dia a dia”, afirma Lindelvaldo Faria, de 64 anos, frequentador dos restaurantes populares.
Ainda em 2025, o programa recebeu o reconhecimento máximo do Prêmio Josué de Castro, que valoriza iniciativas voltadas ao combate à fome e à promoção da segurança alimentar e nutricional no Estado de São Paulo. A escolha leva em conta a relevância das ações ou projetos para a segurança alimentar no Estado; o grau de inovação das soluções apresentadas; o impacto social gerado nas comunidades atendidas; a sustentabilidade das práticas, considerando aspectos ambientais, econômicos e sociais; e a possibilidade de replicar a iniciativa em outras regiões.
Além do marco significativo no combate à fome, o programa também é sucesso entre os paulistas que frequentam os restaurantes populares, localizados em diversas regiões do estado. Pesquisa da Fundação Seade, realizada em junho deste ano, confirmou o reconhecimento dos usuários: 95,9% avaliam as refeições como ótimas ou boas e 87% frequentam principalmente pela qualidade da alimentação.
À primeira vista, por se tratar de um programa aberto a todos, ele parece ter caráter universal, mas a análise do perfil dos frequentadores indica uma função altamente focalizada. O público é majoritariamente de baixa renda: 55,6% dos usuários vivem com renda familiar entre 0 e 1 salário mínimo. E outro dado indica um público vulnerável: 39% dos usuários afirmam que os alimentos da casa acabaram antes que houvesse dinheiro para comprar mais, e 46,9% dizem que comeram apenas alguns alimentos que ainda restavam quando o dinheiro acabou.
A pesquisa mostra, ainda, que o programa é amplamente aprovado pelos paulistas. Para 87% dos usuários, o principal motivo para frequentar os restaurantes é a qualidade da alimentação — incluindo sabor, saudabilidade e variedade. Entre os entrevistados, 95,9% consideram as refeições ótimas ou boas. Ao todo, o levantamento ouviu 2.333 usuários em 40 unidades fixas do programa.
Para finalizar 2025 cheio de entregas e ações, o Programa Bom Prato ainda preparou outra ação inédita: “Chef em Ação”, concurso que definiu os três cardápios servidos nas comemorações de aniversário do programa, em 12 de dezembro.
Atualmente, o Programa Bom Prato conta com 71 unidades fixas, quatro refeitórios e 45 caminhões que atendem a 49 pontos de atendimento do Bom Prato Móvel, totalizando 124 localidades em 42 municípios. Somente nesta gestão, foram entregues 23 novas unidades, sendo 19 caminhões do móvel e quatro refeitórios.
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